Com a chegada do Inverno, altura do ano conhecida pela chuva, frio e a tão famosa gripe. Entre Novembro e Março são as alturas mais comuns para o aparecimento da doença embora com uma maior predominância verificada entre os meses de Dezembro e Fevereiro.
O que é a Gripe?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, define-se como uma doença aguda que afeta predominantemente o sistema respiratório (principalmente o nariz, a garganta e os pulmões) senso causada pelos vírus Influenza.
Quais são os sintomas da gripe?
A gripe carateriza-se pelo aparecimento abrupto dos seguintes sintomas, que podem ser moderados ou mais severos:
- febre
- sensação de frio e arrepios
- tosse (normalmente seca)
- dor de garganta
- nariz entupido
- dores musculares e articulares
- dor de cabeça
- mal estar e cansaço
Saliente-se que embora uma pessoa esteja afetada pela gripe, pode não apresentar todas estas manifestações da doença.
Por outro lado, nas crianças também podem surgir náuseas, vómitos e diarreia, assim como prostração. Além disso, a febre tem tendência a ser mais alta e podem desenvolver-se otites derivadas portanto de uma má drenagem das secreções nasais.
Diferenças entre gripe e constipação
A constipação e a gripe são ambas doenças virais respiratórias embora sejam causadas por vírus diferentes. Enquanto o vírus da gripe é provocado pelos vírus da família Influenza, por outro lado a constipação é resultado da infeção, principalmente, pelos vírus da família Rhinovirus.
Os dois tipos de doença têm sintomas semelhantes, contudo os sintomas da constipação estão mais limitados às vias respiratórias superiores (nariz entupido, espirros, olhos húmidos e irritação da garganta). A febre e o mal-estar geral raramente ocorrem na constipação. Além disso, o aparecimento dos sintomas surge de uma forma mais gradual.
Como se transmite?
A transmissão do vírus da gripe pode ser feita de forma direta, através das partículas de saliva de uma pessoa infetada, expelidas no ar quando se tosse, espirra ou mesmo quando fala. Por outro lado, também se transmite de forma indireta, quer a partir do contacto com partes do corpo, quer em superfícies contaminadas com o vírus, como por exemplo, as mãos.
Entre o momento em que a pessoa é infetada e o surgimento dos primeiros sintomas normalmente passam 2 dias, mas este intervalo pode variar entre 1 a 5 dias. No entanto, o período em que uma pessoa infetada pode contagiar outras inicia-se 1 a 2 dias antes do início dos sintomas e prolonga-se até uma semana depois.
Complicações da gripe
Geralmente a gripe não é uma doença grave! A sua duração é curta (3 a 4 dias) e apresenta evolução benigna, com uma recuperação completa no período de cerca de 1 a 2 semanas. Contudo, em crianças pequenas, idosos, grávidas, doentes imunodeprimidos e doentes com doenças crónicas como a asma, diabetes e doenças do foro cardíaco, a gripe pode apresentar um tempo de recuperação mais prolongado. Assim, nestas circunstâncias há um risco maior de desenvolver complicações, principalmente, pneumonia ou exacerbação da doença de base.
Como pode prevenir o aparecimento da gripe?
A maneira mais eficaz de prevenir a doença é através da vacinação! Ou seja, a vacina contra a gripe é composta pelos vírus influenza inativos e é administrada por via injetável. Devido à constante mutação dos vírus influenza, é necessária uma monitorização contínua do vírus. Desse modo, há necessidade de constante atualização na composição das vacinas. Para além disso, a imunidade da vacinação diminui com o tempo, portanto, recomenda-se a vacinação anual para uma proteção eficaz contra a gripe.
A vacinação é especialmente importante para os seguintes grupos prioritários (de acordo com Direção Geral da Saúde):
- Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos
- Doentes crónicos e imunodeprimidos com mais de 6 meses de idade
- Grávidas
- Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados de saúde
Medidas de Prevenção
Paralelamente à vacinação, existem outras medidas de prevenção a serem tomadas. Como por exemplo:
- Lavar regularmente as mãos com água e sabão
- Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar com um lenço ou o antebraço
- Utilizar lenços de papel de utilização única (descartando-os nos sanitários ou lixo comum)
- Evitar contacto próximo com pessoas doentes
- Ficar isolado quando doentes, apresentando febre e outros sintomas da gripe
Estas medidas ganham um especial relevo sempre que estamos perante maior risco de infeções respiratórias, ou seja, não só gripe, mas também outros vírus. Logo, quando ocorre a emergência de um novo vírus: por exemplo o Coronavírus, são essenciais. Acerca dos novos vírus, habitualmente numa fase inicial pouco se sabe, mas a aplicação destas medidas de prevenção pode limitar a propagação dos mesmos.
7 Conselhos para lidar com a gripe
Se apresenta sintomas ou está contaminado com o vírus da gripe, existem conselhos úteis que se devem aplicar. Estes conselhos servem para não só permitir um restabelecimento do seu estado de saúde, como também evitar contaminar os que o rodeiam.
- Ficar em casa, em repouso
- Não se agasalhar demasiado
- Controlar a temperatura corporal ao longo do dia
- Em caso de febre, tomar paracetamol
- Usar soro fisiológico para tratamento da congestão nasal
- Beber muitos líquidos (água, chá e sumos de fruta)
- Grávidas ou a amamentar não devem tomar medicamentos sem falar com o médico
Bibliografia:
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WHO|Influenza (Seasonal). Acessível em https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/influenza-(seasonal) [acedido em 2 de Fevereiro de 2020].
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Gripe|SNS24. Acessível em https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/gripe/ [acedido em 2 de Fevereiro de 2020].
Direção-Geral da Saúde. Norma nº 006/2019 de 07/10/2019 atualizada a 14/10/2019 – Vacinação contra a gripe. Época 2019/2020.